Qual a diferença entre TEA e autismo? Entenda os conceitos! 

Você sabe que é preciso entender qual a diferença entre TEA e autismo, pois ainda há certa confusão entre os dois conceitos? Pois é! 

Autismo e TEA são duas coisas distintas, apesar de relacionados. 

Nos últimos anos, observou-se uma crescente conscientização e compreensão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o autismo em todo o mundo. 

Isso acontece, em parte, devido aos esforços de organizações dedicadas, profissionais da saúde, educadores e defensores que trabalham para disseminar informações precisas e combater estigmas associados ao transtorno. 

Além disso, a divulgação de relatos pessoais e experiências de pessoas autistas e de suas famílias também desempenham um papel fundamental nesse processo.

Agora, voltemos ao nosso tema principal: qual a diferença entre TEA e autismo? Continue a leitura e descubra!

Qual a diferença entre TEA e autismo?

O autismo é uma condição neurobiológica complexa que afeta o desenvolvimento social, emocional e comunicativo das pessoas. O TEA é denominado “espectro” devido à ampla variação de sintomas e níveis de gravidade que podem ser observados em indivíduos diagnosticados.

Dessa forma, o autismo faz parte desse espectro, ou seja, é um dos transtornos englobados pelo TEA, que abrange condições com os seguintes sintomas: 

  • dificuldade de interação social;
  • atraso no desenvolvimento da fala; 
  • comportamento repetitivo.

Autismo e TEA: diagnóstico e critérios

O diagnóstico do autismo e TEA é um processo complexo que envolve a avaliação de diversos aspectos do comportamento e do desenvolvimento da criança. 

Os critérios diagnósticos são geralmente baseados em diretrizes estabelecidas em manuais de classificação, como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID (Classificação Internacional de Doenças).

Os critérios para o diagnóstico do autismo e do TEA abordam áreas específicas do funcionamento social, comunicativo e comportamental. Alguns dos critérios comuns incluem: 

  • déficits na comunicação social;
  • padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades; 
  • dificuldades na adaptação a mudanças na rotina.

A observação clínica

A observação clínica é uma parte fundamental do processo de diagnóstico. Profissionais de saúde, como psicólogos, psiquiatras, pediatras e outros especialistas, geralmente conduzem entrevistas com os pais ou cuidadores para obter informações sobre o desenvolvimento da criança. 

Além disso, eles observam diretamente o comportamento da criança em diferentes contextos para identificar padrões consistentes.

A avaliação também pode envolver testes padronizados, questionários e escalas de avaliação específicas para o autismo. Essas ferramentas ajudam a quantificar e objetivar comportamentos observados, contribuindo para uma avaliação mais abrangente.

É importante ressaltar também o papel dos professores na identificação de sinais de autismo ou outra condição do espectro autista. 

A avaliação do comportamento

É crucial compreender a importância da avaliação de diversos aspectos do comportamento, pois o autismo se manifesta de maneira heterogênea. Cada indivíduo no espectro do autismo é único, apresentando uma combinação singular de características. Portanto, uma avaliação abrangente permite uma compreensão mais profunda das necessidades específicas da criança, contribuindo para um plano de intervenção personalizado.

Além disso, a avaliação multidisciplinar, que envolve profissionais de diferentes áreas, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros, pode fornecer uma visão holística do desenvolvimento da criança e garantir que diversas dimensões do funcionamento sejam consideradas.

Abordagens terapêuticas e intervenções para TEA e autismo

As abordagens terapêuticas e intervenções para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e o autismo são amplas e variadas, com o objetivo de atender às necessidades específicas de cada indivíduo. Conheça algumas a seguir. 

Intervenções comportamentais

Análise do Comportamento Aplicada (ABA)

Uma abordagem baseada em evidências que se concentra em reforçar comportamentos desejados e reduzir comportamentos indesejados. 

Pode ser adaptada para atender às necessidades específicas de cada pessoa.

Terapia Comportamental Social (TCS)

Foca no desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação, trabalhando em interações sociais cotidianas.

Intervenções educacionais

Educação estruturada e individualizada

Programas educacionais adaptados às necessidades do indivíduo, muitas vezes com uma abordagem visual e estruturada.

Integração sensorial

Ajuda a lidar com questões sensoriais comuns em pessoas com TEA, como sensibilidades à luz, som, tato etc.

Terapias de comunicação

Terapia da fala e linguagem

Concentra-se no desenvolvimento da comunicação verbal e não verbal, ajudando a melhorar habilidades de linguagem.

Comunicação Alternativa e Suplementar (CAA)

Utilização de sistemas e dispositivos de comunicação para pessoas com dificuldades na fala.

Terapias sensoriais e motoras

Terapia ocupacional

Auxilia no desenvolvimento de habilidades motoras finas, coordenação e na melhoria da independência nas atividades diárias.

Terapia de integração sensorial

Trabalha para melhorar a resposta do cérebro a estímulos sensoriais.

Para finalizar!

É fundamental destacar a importância da personalização do tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa no espectro do autismo. 

Cada indivíduo é único, e o que funciona para um pode não ser eficaz para outro. Portanto, uma abordagem personalizada, adaptada às características e desafios específicos de cada pessoa, é crucial para o sucesso das intervenções terapêuticas. 

O envolvimento da família e a colaboração entre profissionais de diferentes áreas também são essenciais para criar um plano de tratamento abrangente e eficaz.

É preciso ressaltar a importância de profissionais que compreendam qual a diferença entre TEA e autismo, saibam como ajudar a identificar e como aplicar algumas intervenções, dentre outras coisas. 

Com isso, salientamos a importância de uma ou mais especializações na área. Sendo assim, pense em como pós-graduações em autismo, atendimento educacional especializado ou ABA, por exemplo, podem ajudar em sua carreira. 

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